Presente no calendário da Fórmula 1 desde 1985, o
GP da Austrália tradicionalmente abre o Mundial desde a mudança de
sede, de Adelaide para Melbourne, em 1996. A exceção aconteceu
apenas no ano passado, quando o país sediou os Jogos da Comunidade
Britânica, no mês de março, e a corrida foi transferida para a
terceira data do calendário, em abril.
A pista de Melbourne é uma mistura de circuito de rua com
autódromo fechado - dentro um parque - e traz características semelhantes
a do circuito de Montreal (Canadá). O traçado tem vários pontos de alta
velocidade (acima de 290 km/h), separados por trechos travados (83 km/h),
com os muros quase sempre muito próximos da pista.
No desenho da pista, aliás, é possível ver apenas uma reta
- a dos boxes -, mas é repleto de curvas de alta velocidade - inclusive o
trecho mais veloz é no final de uma curva. O resultado é uma média alta,
acima dos 220 km/h por volta (em Interlagos, por exemplo, a média é de 214
km/h).
A mistura de pista rápida com circuito de rua - muros
próximos, asfalto irregular e constantemente cheio de detritos -
transforma a corrida num show de rodadas, toques e acidentes, alguns até
com vítimas fatais, como no choque entre o alemão Ralf Schumacher e o
canadense Jacques Villeneuve em 2001, quando um fiscal de pista morreu,
atingido por um pneu.