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RONNIE PETERSON
14/2/1944 - 11/9/1978

Bonito, charmoso e rápido para chuchu. Ronnie Peterson, o sueco voador, foi o homem-espetáculo da F-1 nos anos 70. Mestre na arte de controlar carros derrapando nas quatro rodas a mais de 200 km/h, Peterson deixou órfãos os fãs dos pilotos ariscos. Estreou no GP de Mônaco de 1970, na March. Foi companheiro, amigo e parceiro de Emerson na Lotus, em 1973. Voltou à March, em 76, vencendo em Monza apesar do carro mais fraco. Pilotou ainda para a Tyrrell em 77 e voltou para a Lotus em 78. Mostrando o estilo que o consagrou, voou baixo ao volante do célebre "carro-asa". Tinha praticamente tudo acertado para ingressar na McLaren quando sofreu um acidente gravíssimo na largada do GP da Itália de 10/9/78. Morreu no dia seguinte num hospital de Milão. O sueco voador disputou 123 corridas, venceu 10 e marcou 14 pole-positions.

GILLES VILLENEUVE
18/1/1952 - 8/5/1982

Arrojado, veloz e inconseqüente. Villeneuve pai foi o ícone de uma apaixonada legião de torcedores na virada dos anos 70/80. Os ferraristas viam nele a encarnação da garra e do espírito de luta da equipe vermelha. Gilles estreou na McLaren, em 77, mas no final do ano já guiava o carro mágico de Maranello, no lugar do então bicampeão Niki Lauda. Logo em sua terceira corrida, provocou pânico no GP do Japão ao passar por cima da Tyrrel de Ronnie Peterson e capotar espetacularmente. Seus acidentes foram tão marcantes quanto as 6 vitórias na categoria. Um deles foi fatal. No último treino para o GP da Bélgica, Villeneuve chocou-se a mais de 250 km/h com a traseira da March de Jochen Mass. A Ferrari decolou e capotou. Era o fim de uma carreira de 67 GPs, 6 vitórias e 2 poles.

STIRLING MOSS
17/2/1929 -

Ele foi o primeiro grande piloto britânico da Fórmula 1. Mas correu na época errada. Stirling Moss nunca conquistou um campeonato, embora tenha um currículo brilhante com 16 vitórias e 20 poles em 66 corridas. Rival duro, veloz, Moss era um garoto quando estreou. Em 1951, quando a maioria dos pilotos tinha mais de 30 anos de idade e alguns mais de 40, ele estreou ao volante de um obscuro HWM no GP da Suíça. Ralou até vencer pela primeira vez, quatro anos depois, dirigindo a Mercedes W196 "Flecha de Prata". Nesse mesmo ano, conquistou o primeiro de sues quatro vice-campeonatos consecutivos. Após ajudar Colin Chapman a conseguir as primeiras vitórias da história da Lotus, Moss sofreu um acidente em 62 que o deixou em estado de coma. Se recuperou, mas pilotar jamais. Às vésperas de completar 71 anos, o inglês Stirling Moss continua envolvido com o automobilismo, participando de festivais de carros históricos pela Europa.

VITTORIO BRAMBILLA 11/11/1937 -

O "gorila de Monza". A compleição física e o jeito atabalhoado de dirigir foram os culpados pelo pouco lisonjeiro apelido. Brambilla competiu na F-1 entre 1974 e 1980. Mesmo com um estilo quase tosco de conduçaõ, ele conseguia ser rápido. Fez uma pole na Suécia em 1975 e venceu na Áustria no mesmo ano, debaixo de um temporal. A euforia pela vitória fez Brambilla se esquecer do volante por segundos. Bateu no guard-rail e destruiu o bico da saudosa Marcha alaranjada. Envolvido no acidente que matou Ronnie Peterson, Brambilla foi atingido por uma roda e entrou em estado de coma. Regressou em 1980 na Alfa-Romeo para disputar quatro corridas. Para não fugir à regra, despediu-se da categoria saindo da pista. Hoje, aos 62 anos, é mecânico na Itália, guardando como troféu o bico do carro com o qual conquistou sua única vitória em 74 GPs.

ANDREA DE CESARIS
31/5/1959 -

Pode um único piloto destruir 22 chassis em sua primeira temporada completa de F-1? O italiano Andrea de Cesaris conseguiu. Quando correu nas fórmulas 3 e 2, chegou a receber um bilhete azul de Ron Dennis, hoje chefão da McLaren, por causa das barbeiragens. Mesmo assim, fez uma pole quando dirigiu uma Alfa Romeo na temporada de 82. Errante, dirigiu para oito equipes diferentes, entre elas Brabham, Jordan e Sauber. Cansado da rotina de treinos e viagens, De Cesaris resolveu se aposentar após a disputa do GP Portugal de 1994. Foram 208 GPs disputados, a terceira maior marca da história da F-1. Um número tão impressionante quanto os 39 acidentes que sofreu ao longo da carreira.

 

RICARDO PATRESE
17/4/1954 -

Ninguém largou tanto quanto ele. Ricardo Patrese é o dono de um recorde difícil de ser batido nos próximos anos. Ele disputou 256 GPs. Sua história na F-1 começou em 1977, ao volante de um Shadow. Passou pela Arrows e foi parceiro de Piquet na Brabham, em 1982/83. Mas foi na Williams que brilhou. Vice-campeão em 1992, atrás do companheiro Nigel Mansell. Contratado pela Benetton no ano seguinte, deu o azar de cruzar com um certo Michael Schumacher. Deixou a F-1 em 1993 com 6 vitórias e 8 poles no currículo.

 

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