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MERCEDES W196
No período anterior à II Guerra Mundial, Mercedes-Benz, Auto Union, Alfa Romeo e Bugatti eram as grandes vedetes da Fórmula 1 dos anos 30. A Mercedes, com sua equipe comandada com mão de ferro por Alfred Neubauer, dominava as competições até que resolveu abandonar as pistas por um certo período. Em 1954, porém, a estrela de três pontas de Stuttgart voltou a brilhar na Fórmula 1. Tudo graças ao modelo W196, que recebeu o imortal apelido de "Flecha de Prata". Nas mãos de Juan Manuel Fangio, Stirling Moss e Hans Herrmann, o W196 se revelou o mais moderno monoposto da época. Era o único que dispunha de duas carenagens: uma, que cobria todo o carro, para circuitos velozes como Monza; e outra, que deixava as rodas de fora, para pistas como Mônaco. Em 12 provas entre 1954 e 1955, a Mercedes-Benz venceu nove delas.
COOPER-CLIMAX
Revolução! Todos os carros tinham motor dianteiro, quando os irmãos ingleses Charles e John Cooper tiveram a idéia de construir um monoposto com motor traseiro. Foi em 1952. O motor era o pequeno e potente motor Bristol. Sete anos depois, todos os carros da categoria já usavam motor traseiro. Justamente em 1959, Charles e John Cooper comemoraram o título mundial de pilotos (obtido pelo australiano Jack Brabham) e repetiram a façanha no ano seguinte. A Cooper abandonou a F-1 em 1969, depois de 129 corridas disputadas. Mas os irmãos ficaram para sempre na história do automobilismo.
LOTUS 25
O talento de Colin Chapman como projetista surgiu no final dos anos 50, quando ajudou no desenvolvimento do Vanwall que conquistou o título mundial de construtores em 1958. No final desse mesmo ano, Chapman fundou a Lotus, e a partir daí deu asas à sua enorme imaginação. Da cabeça de Colin nasceu a Lotus 25, feita sob medida para o talento do "Escocês Voador" Jim Clark, e que foi o primeiro chassi construído com estrutura monocoque, semelhante à de um avião. Usando a aeronáutica como inspiração, Chapman proporcionou a Clark um título mundial de pilotos em 63, além de ganhar o campeonato dos construtores. O "Escocês Voador" venceu 10 corridas e marcou 12 pole-positions ao volante da Lotus 25.
LOTUS 72
Não contente em ter revolucionado a Fórmula 1 nos anos 60, Colin Chapman voltaria a assombrar o mundo do automobilismo no início de 1970. Comandando uma criativa equipe de projetistas da qual faziam parte Maurice Phillippe e Ralph Bellamy, o mago da aerodinâmica lançou a Lotus 72. A sigla do carro propositalmente revelava um avanço de sua criação em relação aos demais carros da época. Ao invés do formato "charutinho", a frente da Lotus 72 era em cunha, permitindo o uso de spoilers dianteiros que seguiam a linha do entre-eixos. E numa época em que não era comum a troca de modelos ano a ano, o carro resistiu bravamente até o final da temporada de 1975. Das 79 vitórias da história da Lotus, nada menos que 21 foram conquistadas pelo modelo 72.
LOTUS 56
O ano de 1968 também foi marcante para a F-1. Enquanto os estudantes iam às ruas, Colin Chapman apresentava sua mais retumbante criação - a Lotus 56. Ao invés do convencional motor Ford Cosworth, uma enorme turbina de helicóptero desenvolvida pela Pratt & Whitney impulsionava a engenhoca. A Lotus 56 tinha tudo para conquistar a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis de 1968, mas Mike Spence (escolhido para ser o substituto de Jim Clark) bateu num teste e morreu. O projeto andou abandonado por um tempo, até que Chapman resolveu fazer mais uma das suas. Aproveitou uma brecha no regulamento da Fórmula 1, que não fazia restrição ao tipo de propulsores, e adaptou o então carro de Indy para competir na F-1. O carro a turbina teve aparições efêmeras na temporada de 1971. Uma delas, com Emerson Fittipaldi em Monza, motivou o seguinte comentário do piloto brasileiro. "Era um carro tão rápido que, para pará-lo, era um Deus nos acuda". Tanto que era usada uma pastilha de freio especial para travar as rodas da Lotus 56.

 

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